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A possibilidade de transformar fotos em belas obras de arte faz muita gente querer entrar no mundo do fine art, porém, não é tão fácil como se imagina.

Há algumas regras que você precisa saber antes antes de começar a produção.

Nesse post você vai aprender rapidamente como transformar uma simples fotografia em uma obra de arte de alto nível.

Vamos te ensinar quais as especificações técnicas que a impressora precisa, como escolher o papel adequado, qual é a tinta correta, como fazer a calibragem do monitor, onde e como armazenar as obras corretamente e outras dicas super importantes!

Você sabia que uma obra desse tipo é tão delicada que o produtor deve tocar nos papéis de impressão somente com luvas?

Quer saber mais?

A sala de armazenamento das obras deve ser pintada com um tipo especial de tinta.

Essas são apenas algumas das regras que você encontrará neste guia.

O que é fine art?

Fine arts, ou as belas artes, são obras de arte criadas para atingir um nível estético de excelência para que sejam reconhecidas pela beleza que representam. Essas obras são representadas pelos meios:

  • Esculturas;
  • Poesias;
  • Músicas;
  • Arquitetura;
  • Fotografias;
  • Teatro;
  • Pinturas;
  • Dança;
  • Cinema.

 

O que é impressão fine art?

Impressão fine art é o processo de transferir fotografias, pinturas ou arte digitais para papéis e outras mídias de qualidade.

Esse processo requer um gerenciamento rigoroso dos equipamentos e dos insumos utilizados, além de atenção de cuidados especializados.

Além disso, ainda há a preocupação com a durabilidade das impressões, pois se a obra de arte se deteriorar rapidamente, perderá seus aspectos originais.

Antigamente era difícil este tipo de produção devido a tecnologia.

A impressão de imagens e obras resultavam em artes sem qualidade, com pixels explodindo para todos os lados.

O resultado era uma imagem feia, borrada e sem graça, e a reação do produtor é essa:

 

Os anos passaram e a tecnologia de impressão avançou lado a lado com a fotografia, deixando centenas de fotógrafos empolgados.

Finalmente é possível recriar toda a exatidão e beleza de uma obra de arte, e que permanecem por centenas de anos.

Fine art quadros

 

Mas para que isso seja feito, é preciso que seja utilizado os materiais e as técnicas corretas, caso contrário você não fará uma mera impressão.

 

A importância do monitor, do papel, da tinta e da impressora fine art

Quando falamos sobre impressão fine art, algumas coisas são indispensáveis:

  1. Impressora de alta definição;
  2. Tinta de qualidade;
  3. Papel adequado;
  4. Monitor calibrado.

Esses são os quatro requisitos básicos que você deve prestar muita atenção na hora do investimento.

Se você está começando agora, atenção:

Não é possível produzir uma fine art com 100% de qualidade calibrar seu monitor, usar um papel, tintas e uma impressora de qualidade.

Não perca seu tempo investindo em uma boa impressora e um bom papel, se tinta for de má qualidade.

Ou então uma boa impressora e tinta original, com um papel de má qualidade.

Você precisa entender:

Esses quatro requisitos precisam estar em perfeita harmonia para que o resultado mínimo seja alcançado.

Sabe por que? eu explico:

 

Primeiro passo: A impressora para fine art

O principal requisito da impressora é a fidelidade de cores que ela consegue proporcionar quando sua imagem deixa de ser uma foto e vira uma obra de arte.

Isso é atribuído à capacidade da impressora de imprimir cores e de conseguir suaves gradações de tons em fotos, por esta razão, quanto maior for o número de cartuchos utilizados pela impressora, maior a qualidade das impressões

Preste atenção:

Você não deve escolher equipamentos que trabalhem com menos de 6 cores. Prefira impressoras com 12 cores!

Além das tintas, ainda é preciso se atentar no modo que a impressora irá jogar a tinta no papel.

Para isso você deve escolher uma impressora com tecnologia jato de tinta.

Esse tipo de tecnologia traz uma série de vantagens às impressões, como por exemplo a capacidade de trabalhar com papéis de fibra de algodão com diversas gramaturas, texturas, papéis de aquarela, canvas, tecidos e outros.

Isso é importante pois esse tipo de impressão requer papel de alto nível, e se a impressora não estiver preparada, nada feito.

Quer ver um exemplo de impressora fine art na prática? Confira o vídeo abaixo:

Lembre-se:

Se o equipamento não possuir os requisitos necessários, nunca conseguirá reproduzir as imagens com as tonalidades e a qualidade requirida.

As impressoras “mais ou menos” estão limitadas pela tecnologia que foram construídas, e você não pode fazer absolutamente nada para melhorar isso.

 

Segundo passo: A tinta correta

Aqui você deve prestar atenção em duas coisas:

  1. Qualidade da tinta
  2. Tipo de tinta

Você deve sempre usar suprimentos originais em sua impressora. Colocar tinta de má qualidade é a pior coisa que você pode fazer.

Ninguém compra uma Ferrari e enche o tanque com gasolina adulterada, né?

Um cartucho de tinta de “qualidade duvidosa” vai danificar peças caras dentro da impressora. Além disso, pode causar o mau funcionamento do equipamento na hora da impressão.

Isso é fato:

Um cartucho de tinta “alternativo” nunca alcançará a precisão de cores de um original, e quando se trata de fine art, a fidelidade à imagem original é um fator importantíssimo.

Isso quer dizer que mesmo que a sua impressora esteja preparada, o resultado final vai decepcionar, pois a impressora não vai conseguir usar seu potencial máximo devido a tinta.

O segundo ponto importante é o tipo de tinta.

O tipo de tinta correto que você deve usar é a tinta pigmentada.

Diferente da tinta corante, as tintas pigmentadas não penetram no papel, elas “grudam” sobre a superfície. Assim, cada gota de tinta que tocar o papel vai se manter no local exato em que foi despejado.

Além disso, as tintas pigmentadas são muito mais resistentes à luz e à água, o que é excelente para a conservação correta das obras de arte.

Dica extra:

Existem tintas que são resistentes à ação do UV e não descolorem, isso é importante caso queira expor suas obras ao ar livre.

 

Terceiro passo: O Papel fine art

A escolha do papel vai definir a vida útil da sua obra de arte. Um papel de má qualidade pode fazer com que a tinta não consiga aderir perfeitamente, e também não consiga manter a qualidade gravada por muito tempo.

O desgaste vai modificar os tons da imagem, prejudicando a fidelidade da obra.

Algumas marcas de papéis fine art de alta qualidade são:

  • Hahnemühle;
  • Canson.

Dentro das marcas citadas acima, os tipos papéis mais utilizados são:

  • Papel alfa celulose;
  • Papel de algodão.

Dica com o manuseio do papel:

Nunca manuseie os papéis sem o uso de luvas de algodão, pois esses tipos de papéis são muito sensíveis e irão gravar suas digitais facilmente, caso você encoste nele sem a devida proteção.

Além disso, a oleosidade da pele pode causar danos aos papéis.

Digitais e outras marcas indesejadas acabam com o seu trabalho.

papel fine art Hahnemuehle

 

Papel fotográfico Photo Glossy

Este papel é feito especialmente para a impressão a jato de tinta com excelente desempenho e alta resolução. O acabamento brilhante dá um alto brilho, além de ser compatível com Adobe RGB 1998, sRGB e outros.

Também é resistente a água e desbotamento, com durabilidade estimada de 75 anos em condições ideais.

Papel de algodão Photo Rag

É um dos melhores papéis para este tipo de trabalho, muito utilizado para fotografias em preto e branco ou coloridas.

Este papel tem alta qualidade é extremamente resistente ao envelhecimento. A textura da superfície é lisa, fosca e sedosa.

Papel de algodão Canvas

O material desse papel é feito para se assemelhar ao máximo a uma tela de pintura.

Possui textura de tecido, resistência à água, e pode ser estendida e montada sobre chassis de madeira.

Possui dois tipos de superfície: brilho, que remete a pinturas em tinta acrílica, e fosca, que remete a tons pastel.

 

Quarto passo: A calibração do monitor

A calibração correta do monitor é essencial para que as cores que você vê na tela não apresentem diferenças na hora da impressão.

Isso acontece porque o monitor emite sua própria luz, enquanto a impressão absorve a luz externa.

Essa diferença de luminosidade pode causar “defeitos” nas tonalidades da obra na hora de imprimir.

Resumindo:

Você aprova um resultado no monitor, mas o resultado impresso é outro.

Trabalhar com um monitor descalibrado pode fazer você perder tempo e dinheiro. Afinal, uma vez que o resultado final não é o aprovado pelo cliente, o mesmo pode mandar com que tudo seja refeito, ou simplesmente desistir.

Agora que você já descobriu que calibrar o monitor é uma etapa obrigatória, vamos ver algumas dúvidas frequentes sobre esse processo.

É possível calibrar o monitor somente com meus olhos?

Não.

Sabemos que há diversos problemas de visão que podemos ter, como por exemplo, o daltonismo, assim, nunca conseguiremos distinguir perfeitamente uma mudança sutil de tonalidade.

Além disso, não é somente as cores que devem ser calibradas, mas também o contraste/brilho.

Isso é importante porque nossos olhos tem problemas para tons em diferentes contraste, o que torna impossível realizar a calibragem no “olhometro”.

Que equipamentos eu preciso para calibrar meu monitor?

Um espectrofotômetro ou um colorímetro.

Recomendamos fortemente um espectrofotômetro por se tratar de um aparelho profissional e plenamente apto a calibrar seu monitor perfeitamente.

A qualidade o monitor é importante?

Sem dúvida.

Os monitores IPS (In-Plane Switching) são os mais adequados quando falamos de qualidade de cor.

Essa tecnologia de monitor trabalha em uma frequência de Hz até 3 vezes maior do que um monitor comum, além de oferecer uma maior gama de cores e precisão de imagem.

Conheça um pouco mais sobre essa tecnologia no vídeo abaixo:

 

A calibração dura pra sempre?

Não.

Monitores usados (mais de 6 meses de uso) ou de baixa qualidade normalmente exigem que seja feita a calibração das cores pelo menos uma vez por semana.

Enquanto os monitores de alta qualidade novos pode ficar até 4 semanas com a mesma calibração.

Esta é apenas uma estimativa de segurança. Podem haver variações entre as marcas.

 

Perfis ICC para impressoras fine art

Um perfil ICC é um arquivo que possui informações de identidade de cor de um determinado papel e impressora.

Ou seja:

Cada perfil ICC sabe exatamente como a impressora deve se comportar ao imprimir em determinado papel.

Seu computador por si só não conseguirá “dizer” para a impressora como deve ser feita a impressão.

Além disso, você não pode baixar um perfil ICC e sair imprimindo em vários tipos de papéis diferentes.

Por exemplo:

Se você comprou uma impressora da Canon e quer imprimir em um papel Hahnemühle Photo Canvas 320, será preciso baixar o perfil ICC específico para imprimir nesse papel, nessa impressora.

 

Onde baixar os perfis ICC para impressão fine art

Os perfis ICC, geralmente, estão disponíveis diretamente nos sites dos fabricantes. Basta seguir alguns passos e você consegue baixar facilmente.

Vou deixar abaixo um passo a passo simples para download dos perfis de impressão para os papéis mais utilizados hoje em dia.

 

Download de perfil ICC para papel Hahnemühle

Você pode baixar os aqui. O processo é bem simples, mas preparei um passo a passo para ajudar:

    1. dos drivers hahnemühle;
    2. Clique na caixa “Manufacturer” e selecione a marca da sua impressora;
    3. Clique na caixa “Printer” e selecione o modelo da sua impressora. Se a sua impressora não aparecer na listagem, acesse a ;
    4. Clique na caixa “Paper Group” e selecione o tipo de papel;
    5. Uma lista com os papéis disponíveis irá aparecer abaixo, clique nos que você deseja;driver-hahnemuhle-passo-4
    6. Eles serão adicionados na lista ao lado, depois disso é só clicar em “Download ZIP file“.

driver-hahnemuhle-passo-5

 

Download de Perfil ICC para papel Canson

Baixe os  aqui. O processo é bem parecido com o anterior:

  1. Acesse o site para ;
  2. Clique na caixa “Printer Brand” e selecione a marca da sua impressora;
  3. Clique na caixa “Printer Model” e selecione o modelo da sua impressora;
  4. Uma lista com os papéis disponíveis irá aparecer abaixo, marque todos perfis que você deseja e clique em “Download“;

papel fine art canson driver

 

Preparando as imagens para impressão

Ainda que todo seu equipamento seja adequado e devidamente calibrado, é preciso prestar atenção no seu arquivo de imagem.

Há alguns detalhes de formato, profundidade de bits e esquema de cores que devem ser levados em consideração antes da impressão.

Para isso, preparei uma pequena lista com as melhores práticas na hora de prepara sua imagem digital:

  • Mantenha seus arquivos em RGB, não converta para CMYK;
  • Nunca use arquivos no formato JPG/JPEG. Prefira TIFF;
  • Use 16 bits de profundidade enquanto estiver tratando a imagem, mas mude para 8 bits no momento da impressão. A mudança de 16 para 8 bits não é perceptível no momento da impressão, porém o arquivo fica mais leve.

 

Tratamento, armazenamento e boas práticas para Fine Art

Esse tipo de impressão exige cuidados especiais para que se mantenha o maior nível de conservação possível, reduzindo os riscos de deterioração, transporte, exposição, armazenamento e manuseio.

Isso significa que você precisa reduzir ao máximo as intervenções diretas e indiretas às obras, e sempre utilizar os procedimentos corretos.

Essa intervenções podem ser:

  • Manutenções diretas;
  • Exposição incorreta;
  • Ambientes irregulares;
  • Proteção ineficaz;
  • Baixa segurança.

Os cuidados corretos com os itens listados acima ajudam a manter a disponibilidade contínua da obra.

Mas afinal, quais os cuidados que você precisa ter? Veja abaixo.

 

Como armazenar fine arts

Todas as obras devem ser manuseadas com cautela e armazenadas de forma sistemática.

Dependendo da qualidade do papel e da tinta que você usar, a temperatura por si só pode aumentar a degradação da obra em 100% a cada 10ºC. Isso significa que a cada 10ºC sua obra vai perder metade da vida.

A umidade relativa do ar também é importante. Em altas proporções, ela aumenta a proliferação de mofos e insetos, que agridem diretamente a integridade da obra.

Abaixo você confere a lista completa de cuidados com o ambiente que você precisa ter ao armazenar suas obras.

 

Condições ambientais

  • A temperatura ambiente deve estar sempre entre 20ºC e 21ºC, oscilações na temperatura aceleram os processos degenerativos das obras;
  • O índice de umidade relativa deve ser baixo, cerca de 50%;
  • Evitar radiação solar;
  • A circulação de ar deve ser sempre purificada (filtrada) para minimizar a aparição de microrganismos e fungos.
  • A amplitude térmica diária não pode ser maior que 3cº;
  • A amplitude de umidade relativa não pode ser maior que 10%;

 

Locais de armazenamento

  • Evitar porões ou sótãos, pois são locais com altos níveis de umidade relativa;
  • Evitar luz natural ou artificial;
  • Pintar as paredes com tintas que contém , pois ao serem expostas à radiação UV causam fotocatálise, que neutraliza o crescimento de algas, fungos e bactérias na parede, além de impedirem a aderência de componentes orgânicos e inorgânicos, deixando a superfície limpa;
  • Usar papel de ceda com pH neutro para colocar entre as obras empilhadas.

 

Mobílias

  • Os móveis não pode emitir gases voláteis;
  • Caso utilize uma mapoteca, a pintura da mesma deve ser eletrostática;
  • Estantes e prateleiras devem ficar 15cm acima do chão;

 

Infraestrutura recomendada

  • Monitor de umidade e temperatura;
  • Ar condicionado;
  • Desumificador.

 

Gostou das dicas?

Se tiver qualquer dúvida ou sugestão, use a caixa de comentário abaixo para que possamos conversar!




Fonte: https://helioprint.com.br

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